terça-feira, 20 de novembro de 2012

REVIEW: "Aristides de Sousa Mendes - O Herói Português"


FICHA TÉCNICA:
Autor: José-Alain Fralon
Número de páginas: 128
P.V.P. (aproximado) - 11,25€

SINOPSE OFICIAL: 
Em Julho de 1885 nascem César e Aristides, dois gémeos de temperamentos diametralmente opostos. Aristides era tão extravagante quanto o seu irmão discreto e cumpridor. Educado na fé cristã, hábito social que fica bem nas boas famílias, esta não era para ele letra morta. Suspeita-se nele um entusiasta dos novos tempos, um amante do belo e dos prazeres, mas, acima de tudo isso, distingue-o a grande humanidade no trato com os seus semelhantes. Aventureiro, seguiu a carreira diplomática, pontuada pelas constantes viagens e pelo nascimento de vários filhos, até se encontrar em Bordéus, num tempo em que a barbárie organizada lançara já a sua sombra sobre a Europa e o Mundo. Multidões esperavam junto ao consulado para escapar ao Holocausto, enquanto do governo português chegavam ordens para limitar a concessão de vistos. Mas as tropas alemãs aproximavam-se e Aristides assinava, dia e noite, correndo contra o tempo, obedecendo a imperativos mais altos.

O VEREDICTO:
"Aristides de Sousa Mendes - O Herói Português" é um extraordinário relato da não menos excepcional existência do cônsul de Bordéus Aristides de Sousa Mendes, alto-beirão conhecido como o "Schindler português" que, juntamente com outros diplomatas, entre os quais o sueco Raoul Wallenberg, o norte-americano Hiram Bingham, o alemão George Duckwitz, o chinês Feng Shan Ho, o holandês Jan Zwartendijk e o suíço Carl Lutz, ajudou a salvar a vida a mais de 200 000 pessoas durante a Segunda Guerra Mundial.
Através de uma escrita pungente e sincera, a obra do jornalista francês José-Alain Fralon faz um retrato desta singular personalidade desde a infância na Beira Alta, passando pelo seu casamento com Angelina, "três anos mais nova que ele, a mulher que vai ter um grande papel na sua vida", até ao momento em que exalou o seu derradeiro suspiro.
Após a sua leitura, fico a pensar no quão interessante seria elaborar um genograma e seguir as gerações e gerações de pessoas que tiveram a oportunidade de viver graças à coragem e bondade deste simples, porém excepcional indivíduo. Fica aqui a sugestão


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